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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Destino e Decreto Divino



    Crença:

    Acreditamos nos destino, seja bom ou mau, o qual Allah tem medido e ordenado para todas as criaturas de acordo com o Seu conhecimento prévio e considera adequadas por Sua sabedoria.

    Níveis de crença:

    Crença no destino tem quatro níveis:
1) Conhecimento: Nós acreditamos que Allah, Exaltado Seja, sabe de tudo. Ele sabe o que aconteceu e o que vai acontecer e como irá acontecer. Seu conhecimento é eterno. Ele não adquire novo conhecimento nem esquece aquilo que sabe.

2) Gravação: Nós acreditamos que Allah tenha gravado numa segura tableta (al Lowh al Mahfuz) tudo o que vai acontecer até ao Dia do Julgamento: “Vós não sabeis que Allah sabe de tudo o que existe nos Céus e na Terra? Certamente que estará num livro. Certamente que para Allah é uma tarefa fácil”(22:70)

3) Testemunho: Nós acreditamos que Allah tenha desejado tudo o que está nos Céus e na Terra. Nada acontece excepto por Sua vontade. O que quer que Ele deseja terá lugar e o que quer que Ele não deseja não terá lugar.

4) Criação: Nós acreditamos que “Allah é o Criador de todas as coisas; Ele é o Guardião de todas as coisas e a Ele pertencem as chaves dos Céus e da Terra.”(39:62-3).
Este nível inclui o que quer que o próprio Allah faça e o que quer que suas criaturas façam. Assim, cada dizer, ação, ou omissão do povo é conhecido por Allah , que tem gravado, desejado e criado: “Para aquele de vós que será honrado. Mas vós não desejareis excepto o que Allah deseja, O Senhor dos Mundos”(81:28-29); E tivesse Allah desejado, não teriam lutado um contra o outro, mas Allah faz o que Ele deseja”(2:253); “Se Allah desejasse, não o teriam feito, mas deixá-los sozinhos com as suas invenções”(6:137); e “Allah criou você e o que você faz”(37:96).


    A livre vontade do homem:

    Acreditamos, porém, que Allah concedeu ao homem um poder e uma livre vontade pelos quais ele executa as suas ações. Que as ações desses homens são feitas por sua livre e espontânea vontade e poder, pode comprovar-se por meio dos seguintes pontos:

1) Allah diz: “Portanto, abordem os vossos campos (Esposas) quando e como desejarem”(2:223), e “Se
tivessem desejado ir adiante, eles teriam feito alguma preparação para isso”(9:46). Nestes versos, afirmou
Allah para o homem: “a ir adiante” por sua vontade e uma “preparação” por seu desejo.

2) Dirigindo o homem para fazer ou não fazer, se o homem não tem livre vontade e poder, essas direções significam que Allah está pedindo para fazer o que ele não pode fazer. Esta proposta é rejeitada pela sabedoria de Allah, misericórdia e verdadeira declaração: “Allah não impõe a ninguém obrigação para além de suas capacidades”(2:286)

3) Louvando as Suas ações virtuosas e culpar o malfeitor pelos seus atos e recompensar cada um deles com o que ele merece. Se a ação não for feita por livre vontade do indivíduo, elogiar o virtuoso é uma anedota e punir os malfeitores é uma injustiça, porque Allah está evidentemente, longe de brincar e ser injusto.

4) Allah tem enviado mensageiros que são “o sustento de boas notícias, e de aviso, a fim de que os humanos não tenham qualquer argumento contra Allah depois dos mensageiros”(4:165). Se as ações do indivíduo não forem realizadas de sua livre vontade, a sua argumentação não é invalidada pelo envio dos mensageiros.

5) Cada executor de ações sente que ele faz ou não faz uma coisa sem qualquer coerção. Ele ergue-se e senta-se, entra e sai, viaja e fica de sua livre vontade, sem sentir que alguém o obriga a qualquer uma destas ações. De facto, ele distingue claramente entre o fazer lago por sua livre vontade e alguém forçando-o a fazer estas ações. A lei Islâmica também sabiamente distingue entre esse estado de assuntos. Não punirá um criminoso por uma ação feita sob coerção.


    Sem Desculpa para os pecadores:

    Acreditamos que o pecador não tem desculpa no divino decreto de Allah, porque ele comete os seus pecados por sua livre vontade, sem saber o que Allah tinha decretado para ele, porque ninguém sabe o decreto de Allah antes que ele tenha acontecido: “Ninguém sabe o que irá ganhar amanhã”(31:34). Como pode ser então possível, apresentar uma desculpa, que não é conhecido para a pessoa que está a
avançar a desculpa, quando está a cometer a sua ofensa?
Allah invalidou este tipo de argumento dizendo: “Os idólatras dirão: ‘Se Allah quisesse não teriamos sido
idólatras, nem nossos pais, nem teríamos proibido qualquer coisa’ Assim fizeram os povos antes deles gritando mentiras até que provaram a nossa força. Dizei: ‘Tereis quaisquer provas que podereis mostrar-nos? Vocês seguem senão suposição, e vós estais mentindo’”(6:148). Nós dizemos ao pecador que está usando o divino decreto como desculpa:

    ‘Porque não executeis ações de obediência, partindo do principio que Allah os tinha decretado para vós, uma vez que vós não sabeis a diferença entre boas ações e pecados? É por isso que, quando o Profeta Muhammad disse aos seus companheiros que a posição de todos nós no paraíso e no inferno já tinha sido atribuída, disseram: “Não deveríamos confiar no presente e deixar de trabalhar?” Ele disse: “Não o trabalho e toda a gente será direcionado para o que está criado’”(Bukhari e Muslim).

    Nós dizemos ao pecador que está a tentar encontrar uma desculpa no divino decreto: “Suponha que você quer viajar para Meca. Existem dois caminhos que podem levá-lo até lá. Foi-lhe dito por uma pessoa de confiança que uma dessas estradas é difícil e perigosa e a outra é fácil e segura. Você seguirá a segunda.Você não seguirá a primeira estrada e dizer que fui eu que decretei. Se assim o fizer, as pessoas
irão considerá-lo louco.”

   Também podemos dizer-lhe: “ Se lhe forem oferecidos dois empregos, um dos quais tem o salário mais alto, você irá certamente para o que tem o salário mais alto. Porque é que escolhe o que é mais baixo na vida do Além e usa o divino decreto com desculpa?”

    Poderemos ainda dizer-lhe: “Nós vê-mo-los quando está perturbado com uma doença, irá bater à porta de cada médico à procura de tratamento e tolerar qualquer dor que possa resultar de operações cirúrgicas e da amargura da medicina. Porque vocês não fazem o mesmo quando o seu coração está espiritualmente doente com pecados?”


    Maldade não está atribuída a Allah:

    Acreditamos que o mal não deve ser atribuído a Allah, devido à sua perfeita sabedoria e misericórdia. O profeta disse: “E o mal não é atribuído a vós” (Muslim). Assim o decreto de Allah, só por si, não tem mal algum, porque é proveniente de misericórdia e sabedoria. O mal pode no entanto, resultar de alguns dos Seus decretos, uma vez que o profeta disse na súplica do gunut, a qual ele ensinou a al-Hasan: “E proteja-nos do mal do que Vós decretastes.”(Tirmidhi e Outros). Aqui, o Profeta atribuiu o mal ao que Ele decretou. Apesar disto o mal no seu decreto não é pura maldade. É particularmente mau com respeito a
uma coisa e bom com respeito a outra, ou num caso é bom noutro é mau. Assim a corrupção na terra resultante da seca, doença, pobreza e medo é mau, mas é bom noutro aspecto.
    Allah, O Altíssimo disse: “A corrupção surgiu na terra e no mar pelo que os homens produziram. Allah tem ordenado isto para os homens, para que estes possam provar algumas coisas das quais têm feito, a fim de que possam voltar atrás (do mal)”(30:41). Cortar a mão do ladrão ou apedrejar o adúltero é uma coisa má para o ladrão e para o adúltero, mas é bom para eles num sentido, porque se trata de uma purificação para eles, para qual o castigo desta vida e o castigo da vida do além não estejam combinados para eles.
Estas penas são boas em outro aspecto: a sua aplicação protege a propriedade, a honra e os relacionamentos.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O Dia do Julgamento



    Crença no Dia do Julgamento:

    Acreditamos no dia final, que é o Dia do Julgamento, quado as pessoas serão ressuscitadas e ser-lhes-á dito para permanecerem no domicilio da apreciação ou no domicilio da punição severa.


    A ressurreição:

    Acreditamos na ressurreição, que é, Allah trazer à vida todos aqueles que morreram, e quando Israfil soprar o chifre pela segunda vez: “E a trombeta será soada e todos aqueles que estão nos céus e na terra irão cair em desmaio, excepto aqueles que Allah poupará. Então a trombeta será soada novamente e eles
ressuscitarão olhando em torno deles”(39:68). As pessoas levantár-se-ão das suas sepulturas, respondendo à chamada do Senhor do Universo. Eles estarão descalços, nús e não estarão circunsisados: “Como começamos a primeira criação, por isso trazê-mo-la de volta. Trata-se de uma promessa de nós, então
certamente a cumpriremos.”(21:104)

    Os registos e escalas:

    Acreditamos nos registos das ações que serão dadas às pessoas na sua mão direita, ou atrás das suas costas ou na mão esquerda: “Para aquele a quem será entregue o seu livro na mão direita receberá certamente uma fácil avaliação e retornará alegre à sua família. Porém a quem for entregue o seu livro atrás das costas , ele chamar-se-à a si próprio para a destruição e será queimado num fogo ardente”(84:7-12), “Todo o trabalho do homem apertamo-lo ao seu próprio pescoço, e no dia do Julgamento traremos para fora o seu livro que ele verá bem aberto, dizendo: “Leia seu próprio livro! Suficiente para si este dia em que a sua própria alma deverá chamá-lo a prestar contas””(17:13-14)
     Acreditamos que balanças de ações serão criadas no Dia do Julgamento e nenhuma alma será tratada injustamente: “Quem quer que tenha praticado o bem como o tamanho de um átomo deverá vê-lo”(99:7-8); “Aqueles cujas balanças são pesadas, são os bem sucedidos; mas aqueles cujas balanças são leves são os
que perderam suas almas para sempre no inferno. O fogo queimará seus rostos e terão uma aparência repugnante com seus lábios deslocados.”(23:102-4); e “Aquele que praticar uma boa ação será recompensado dez vezes por essa boa ação e aquele que praticar o mal Será apenas recompensado por esse mal. E eles não serão injustiçados”(6:160).

    A intercessão do Profeta:

    Acreditamos na especial e notável intercessão do Profeta Muhammad, que a paz esteja com ele. Ele apelará a Allah, após a Sua permissão e em nome da humanidade, que julgue entre Seus servos quando eles sofrem de preocupações e problemas que não conseguem suportar. Eles irão para Adão, depois para
Noé, depois para Abraão, depois para Jesus e finalmente para o Profeta Muhammad, que a paz esteja com ele.
    Acreditamos na intercessão no que diz respeito a alguns crentes que estavam para ser retirados do fogo. Esta mediação é concedida ao Profeta Muhammad, a paz esteja com ele, e para outros entre os profetas, os crentes e os anjos.
    Acreditamos também que Allah salvará do inferno alguns dos crentes sem a Intercessão de ninguém, mas por Sua Graça e Misericórdia.

    O lago do Profeta:

    Acreditamos no lago do Profeta, que a paz esteja com ele, que a água é mais branca que o leite, mais doce que o mel, e a fragrância é melhor que o perfume. Cada um em comprimento e largura é equivalente a um mês de viagem. Seus copos são como estrelas em número e em beleza. Os crentes entre os seguidores do Profeta, vêm tomar desta grande cisterna uma bebida após o qual nunca mais terão sede.

    O caminho correto:

    Acreditamos no caminho correto (sirat), sobre o inferno. As pessoas passam por cima dele de acordo com as suas ações: o primeiro passa tão depressa como a luz, depois tão depressa como o vento, depois tão depressa como os pássaros e depois tão depressa como um homem correndo. O profeta permanece
no caminho dizendo: “ Senhor, salve! Salve!” porque as ações de algumas pessoas não serão suficientes. Algumas delas virão rastejando. Em ambos dos lados do caminho existem ganchos concebidos para levar quem Allah quiser: Alguns serão salvos mas feridos e outros serão atirados para o inferno.(Bukhari e
Muslim)
    Acreditamos em tudo o que está mencionado no Alcorão ou nos proféticos ditos, relativamente a esse dia e seus horrores, tomara que Allah nos salve de todos esses horrores. Acreditamos na intercessão (shafa’ah) do profeta Muhammad, a paz esteja com ele, para o povo do paraíso poder entrar nele (paraíso). Esta intercessão é limitada ao profeta Muhammad, que a paz esteja com ele.

    Paraíso e Inferno:

    Acreditamos no paraíso e no inferno. O paraíso é a morada de satisfação, que Allah O Altíssimo, preparou para os íntegros. Nenhum olho já viu, nenhum ouvido jamais ouviu falar, nem nenhum ser humano alguma vez pensou nas bençãos que irão apreciar lá: “Nenhuma alma sabe que conforto se mantém
escondido deles, como recompensa pelos seus atos”(32:17).
    O inferno é a morada que Allah tem preparado para os descrentes e os pecadores. A tortura e o horror não pode ser imaginada: “Certamente, temos preparado para os pecadores um fogo, cujo pavilhão os rodeia. Se eles pedirem ajuda, serão ajudados com água tipo metal fundido que lhes escaldará os
rostos.Quão terrível uma bebida e quão terrível lugar de descanso”(18:29).



    Ambos, paraíso e inferno existem agora e jamais se extinguem:
“Quem acredita em Allah e pratica o bem , Ele introduzi-lo-á em jardins abaixo dos quais correm rios, onde permanecerá eternamente. Allah fez de facto para ele uma excelente provisão”(65-11); Certamente Allah amaldiçoou os descrentes e destinou-lhes um fogo ardente para toda a eternidade, eles não encontrarão nem protetor nem quem os socorra. No dia em que suas faces forem viradas para o fogo eles dirão: “Oxalá
tivéssemos obedecido a Allah e ao Mensageriro”(33:64-6)
    O paraíso é confirmado para quem é confirmado no Alcorão ou nos proféticos dizeres, quer por nome ou descrição. Entre aqueles que lhes é garantido o paraíso pelo nome estão Abu Bakr, Umar, Uthman, e todos os outros que foram especificados pelo profeta, a paz esteja com ele.(Bukhari e Muslim).
    Confirmamos do mesmo modo que o inferno é confirmado para quem é confrimado no Alcorão ou nos dizeres do Profeta, quer por nome ou descrição. Entre aqueles que são mencionados pelo nome de estar no inferno estão: Abu Lahab, Luhai Amr Ibn al-Khuza’i, e outros (Bukahri e Muslim). A confirmação do
inferno que é baseado na descrição inclui todos os descrentes, politeísta ou hipócritas.


    O que acontece na sepultura:

    Acreditamos no julgamento da sepultura, o que implica questionar a pessoa falecida, na sua sepultura, acerca do seu Senhor, sua religião e seu profeta. Lá “Allah confirma aqueles que creêm com um firme dizer, nesta vida e na vida do Além”(14:27). O crente vai dizer: “ Allah é o meu Senhor, Islão é a minha religião e Muhammad é o meu profeta”. Os descrentes e os hipócritas dirão: “Eu não sei. Ouvi as pessoas a
dizer qualquer coisa e também disse”
    Acreditamos no conforto da sepultura para os crentes: “Aqueles cujas vidas os anjos tomarão em estado de pureza, dizendo ‘a paz esteja convosco! Entra no paraíso pelo que estavas fazendo’”(16:32)
    Acreditamos no castigo da sepultura para o descrente
transgressor: “Se vós só pudesse-is ver quando os pecadores estão na agonia da morte e os anjos esticam suas mãos, dizendo: ‘Dêem-nos vossas almas! Hoje vós sereis recompensados com a pena da humilhação, pelo que vós useis para dizer mentiras acerca de Allah e para rejeitar Seus sinais com desdém’”(6:93). Os ditos do Profeta são numerosos e bem conhecidos nesta área.
    Um Muçulmano deve acreditar em tudo o que é relatado no Alcorão e nas tradições proféticas relativamente a questões do invisível. Ele não deve contradizer por sua experiência mundana, porque os assuntos da outra vida não podem ser medidos pelos assuntos desta vida. A diferença entre eles é
muito grande. Allah é a fonte de ajuda.

domingo, 10 de julho de 2016

Mensageiros



    Crença nos Mensageiros:


    Acreditamos que Allah enviou para o Seu povo mensageiros que foram: “Trazer boas notícias e avisos, de modo que a humanidade não pudesse ter qualquer argumento contra Allah após os mensageiros. Allah é Todo-Poderoso, Todo-Sábio.”(4:165)

O primeiro e o último dos mensageiros:


    Acreditamos que o primeiro dos mensageiros foi Noé e o último foi Muhammad, que a paz esteja com todos eles. “Nós revelamos a vós como revelamos a Noé e os profetas depois dele”(4:163), E “Muhammad não é o pai de nenhum dos vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o selo dos profetas”(33:40)


Os melhores Mensageiros:


    Acreditamos que o melhor entre os mensageiros é Muhammad em seguida, Abraão, Moisés, Noé e Jesus filho de Maria. São eles que são mencionados no seguinte verso do Alcorão: “E quando obtivemos um acordo dos profetas e de vós e de Noé e de Abraão e em seguida Moisés e Jesus filho de Maria.
Obtivemos deles um acordo solene”(33:7)
    Acreditamos de que a mensagem de Muhammad, a paz esteja com ele, inclui todos os méritos das mensagens dos dignos mensageiros porque Allah diz: “Ele ordenou a vós o que Ele impôs a Noé e o que revelou a vós impôs a Abraão, Moisés e Jesus; ou seja, estabelecer a fé e ser unidos nela.”(42:13)

Mensageiros são seres humanos:


    Acreditamos que todos os mensageiros são criados seres humanos, que não têm nenhuma das qualidades divinas de Allah. Allah, O Altíssimo disse sobre Noé, que foi o primeiro entre eles: “Eu não te digo: ‘Eu possuo os tesouros de Allah’, ‘Não sei o invisível’, e não digo ‘Eu sou um anjo’”(11:31), Allah ordenou Muhammad, que foi o último entre eles, a dizer: “Eu não vos digo que possuo os tesouros de Deus, nem que sei o invisível, e não vos digo que sou um anjo”(6:50), e que dissesse “Eu não tenho poder para me prejudicar ou beneficiar a mim mesmo, mas apenas como Allah quer”(7:188), e: “ Eu não tenho poder para vos prejudicar ou beneficiar.Digo ninguém me pode proteger de Allah, nem posso encontrar qualquer refúgio além d’Ele.”(72:91-2)

    Acreditamos que os mensageiros estão entre os servos de Allah. Ele abençoou-os com a mensagem e descreveu-os como servos, no contexto de os louvar e honrar.Ele diz sobre Noé, que foi o primeiro entre eles: “Vós sois os descendentes daqueles que carregamos com Noé, ele foi um servo verdadeiramente
grato.”(17:3).

    Allah disse sobre o último entre eles, Muhammad, a paz esteja com ele, “Bendito seja aquele que revelou o Alcorão ao seu servo, para prevenir a humanidade”(25:1). No que diz respeito a alguns outros mensageiros, Ele disse: “E menciona Nossos servos Abraão, Isaac e Jacó, homens de bravura e
visão”(35:45); “E lembrem Nosso servo David, que era um homem poderoso e penitente”(38:17). E a David concedemos Salomão, ele era um excelente e penitente servo”(38:30).

    Allah disse sobre Jesus, filho de Maria: “Ele é apenas um servo, o qual abençoamos e fizemos dele um exemplo para os filhos de Israel”(43:59).

    Acreditamos que Allah concluiu todas as mensagens com a mensagem de Muhammad, a paz esteja com ele, para todas as pessoas, porque Ele disse: “Diz, ‘Ó humanidade, sou o mensageiro de Allah para todos vós. A Ele pertence o reino dos Céus e da Terra; Não existe outro Deus além d’Ele. Ele ordena a vida e a morte. Crede em Allah e no Seu Mensageiro, o Profeta analfabeto, que crê em Allah e Suas palavras. Segui-o para que possam ser bem encaminhados”(7:158)


Islão a mensagem Final e Universal:


    Acreditamos que a Shari’ah do profeta Muhammad, a paz esteja com ele, é a religião do Islão, que Allah escolheu para os seus servos. Ele não aceita de ninguém qualquer outra religião, pois Ele o Altíssimo disse: “Certamente, a verdadeira religião de Allah é o Islão”(3:19), “Hoje aprefeiçoei a vossa religião para
vós e completei o Meu favor para vós, e Escolhi o Islão para vossa religião”(5:3), e “Quem quer que deseje uma religião, diferente do Islão, nunca será aceite por Ele, e na vida do Além, estará entre os perdedores”(3:85)

    É nossa opinião que quem afirma que qualquer religião diferente do Islão é aceitável, como o Judaísmo, o Cristianismo e assim por diante é um descrente. Ele deve ser convidado a arrepender-se.

    Também é nosssa opinião que quem rejeita a mensagem universal de Muhammad, a paz esteja com ele, rejeita a mensagem de todos os mensageiros, mesmo que alegue que acredita e segue o seu mensageiro. Allah, o Altíssimo disse: “O povo de Noé rejeitou os mensageiros”(26:105).
Assim Allah considera que rejeitaram todos os mensageiros, apesar do facto de não haver mensageiros antes de Noé. Isto é também evidente a partir dos seguintes versos: “Aqueles que não creêm em Allah e Seus mensageiros e pretendem fazer divisão entre Allah e seus mensageiros, e dizem: ‘Cremos em alguns e descremos noutros’ que pretendem tomar um meio curso. Estes são na verdade, os descrentes, e Temos preparado para os descrentes um humilhante castigo”(4:150-51).

    Acreditamos que não há profeta após Muhammad, o Mensageiro de Allah, que a paz esteja com ele. Quem afirma divindade profética depois dele, ou acredita em alguém que o diz, é um descrente, e aquele que rejeita Allah, Seu mensageiro e o consenso Islâmico.


Os Califas corretamente guiados:


    Acreditamos que o Profeta, que a paz esteja com ele, corretamente guiou os seus sucessores a continuar com a sua Sunna, a expandir o conhecimento apelando ao Islão e a lidar com os assuntos dos Muçulmanos. Acreditamos que o melhor entre eles e assim com mais direito ao califado foi Abu Bakr as Siddiq e em seguida Umar Ibn al-Khattab, depois Uthman Ibn Affan e depois All Ibn Abi Talib, que Allah esteja satisfeito com todos eles. Assim a sua sucessão ao califado foi de acordo com as suas virtudes. Allah, O Altíssimo, que possui infinita sabedoria, não iria nomear um governante, sobre a melhor das gerações a menos que ele fosse o mais superior entre eles e que tivesse a melhor alegação de califado.
Acreditamos que o inferior entre esses companheiros corretamente guiados, pode ser superior a numa virtude específica em relação àqueles que eram melhores do que ele, mas não merece superioridade absoluta, porque os elementos que constituem a superioridade são variados e numerosos.

    Acreditamos que a Nação Muçulmana é a melhor entre as nações, e Allah, O Altíssimo, O Digno, abençoou-a porque disse: “Vós sois a melhor nação alguma vez trazida para a humanidade, apreciando o que está certo e proibindo o que está errado, e acreditando em Allah”


Os companheiros do Profeta:


Acreditamos que os melhores entre a nação Muçulmana são os companheiros do Profeta, em seguida os seus seguidores e depois os que lhes seguiram. Acreditamos também que um grupo desta nação permanecerá sempre vitorioso no caminho certo, ilesos contra aqueles que os deixam ficar mal or pelos que se opõem, até ao Dia do Julgamento.
    Acreditamos que apesar das disputas que ocorreram entre os companheiros do Profeta, alcançaram interpretações sinceras, e que trabalharam arduamente para alcançá-las. Quem quer que tivesse razão seria recompensado duas vezes e quem quer que estivesse errado seria recompensado uma vez e seu erro seria
perdoado.

    É nossa opinião que devemos parar de falar sobre seus erros e mencionar que eles merecem belos elogios. Devemos purificar nossos corações de ódio e malícia contra qualquer um deles porque Allah disse sobre eles: “Eles não são iguais: aqueles entre vós que passaram e que lutaram antes da conquista de
Meca. Esses são mais altos na hierarquia do que aqueles que passaram e combateram posteriormente. Porém Allah prometeu a todos uma grande recompensa.”(57:10)
E Allah disse sobre nós: “E aqueles que vieram depois dizem: Ó Senhor nosso perdoa-nos e aos nosso irmãos, que nos precederam na fé, e não ponha nos nossos corações qualquer malícia contra aqueles que acreditavam. Ó Senhor nosso Tu és O mais Bondoso, O mais Misericordioso”(59:10)

Os livros de Allah



    A crença nos livros de Allah:

Acreditamos que Allah revelou livros aos Seus mensageiros como prova contra a humanidade e de orientação para os trabalhadores íntegros. Eles purificaram-nos e ensinaram-lhes a sabedoria através destes livros.
Acreditamos que Allah enviou um livros com cada mensageiro porque Ele diz: “Certamente nós enviamos os nossos mensageiros com sinais claros, enviamos com eles o livro e o equilíbrio, de modo a que as pessoas possam preservar a justiça.”(57:25)

    Livros Conhecidos:

Entre os livros que foram revelados, sabemos:
1) A Tora que foi revelada a Moisés, a paz esteja com ele. É o maior entre os livros dos Israelitas: “ Seguramente Nós revelamos a Tora, onde está orientação e luz; pelas suas leis os judeus foram julgados pelos profetas que se renderam a Allah, pelos rabinos e pelos doutores da lei porque lhes fora confiado a proteção do livro de Allah e além disso foram testemunhas.”(5:44).
2) O Evangelho que Allah revelou a Jesus, que a paz esteja com ele. É uma confirmação e um complemento da Tora: “E concedemos-lhe o Evangelho, com orientação e luz, e confirmando o Tora, antes disso, como uma orientação e uma advertência para os tementes a Deus”(5:46); “ E para tornar legítimas algumas coisa, que antes vos era proibido”(3:50)
3) Os Salmos que Allah deu a David, paz esteja com ele.
4) As Tabletas de Abraão e Moisés, que a paz esteja com eles.
5) O glorioso Alcorão que foi revelado ao Seu Profeta Muhammad, o Selo dos Profetas.Trata-se de “ uma
orientação para as pessoas e sinais claros de orientação e de critério entre o certo e o errado”(2:185). O Alcorão está protegido contra a mudança:
O Alcorão é “ confirma a escritura que veio antes e permanece como seu guardião”. Assim através do Alcorão Allah invalidou todos os livros anteriores. Allah garantiu também a sua proteção contra qualquer jogo ou distorções malignas: “ Certamente, nós revelamos a mensagem e vamos guardá-la”(15:9), pois o Alcorão é uma prova contra a humanidade até ao Dia do Julgamento.


Alcorão
Tora Judaica.
Fragmento dos Evangelhos




Escrituras anteriormente mudadas:


    As anteriores escrituras tinham o propósito de um período limitado. A sua utilização terminou com a revelação do Alcorão, que anulou e expôs suas distorções e mudanças. É por isso que eles não estavam protegidos da corrupção. Eles sofreram distorção, adição e omissão:
“ Alguns Judeus distorceram palavras dos seus verdadeiros significados.”(4:46), “ Ai de quem escrever o livro com as suas mãos, e dizer: ‘Isto vem de Allah’, Que possam vendê-lo por um preço baixo. Ai Deles pelo que suas mãos escreveram! Ai deles pelo que lucraram”(2:79); “ Diz, quem revelou o livro que Moisés trouxe com luz e orientação para as pessoas? Vocês colocaram em folhas de papel mostrando alguns e ocultando muito mais.”(6:91)
    Há um grupo entre eles que torce suas línguas com o livro, para que vocês possam pensar que é uma parte do livro, mas não é parte do livro. E dizem: “ Vem de Allah” Todavia não é de Allah, e eles dizem mentiras sobre Allah, e eles sabem disso. Não é para nenhum ser humano a quem Allah concedeu o livro, a sabedoria e profética dignidade que diga aos homens: “ Adorem-me em vez de Allah”(3:79), “ Adeptos do livro! Nosso Mensageiro veio para vós, tornando claro para vós que muitas coisas foram ocultadas do livro e perdoou-vos. Uma luz veio para vós de Allah e um glorioso livro com o qual Ele vai orientar quem segue o Seu prazer no caminho da paz e trá-los adiante das trevas para a luz por Sua vontade.”(5:15-16)

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Os Anjos



A Crença nos Anjos:


    Acreditamos na existência dos anjos de Allah e que eles são “ Honrados servos. Eles não falam antes Dele e atuam somente sob o Seu comando.”(21:26). Allah criou-os, e eles adoram-No e obedecem-Lhe. Aqueles que estão na Sua presença, não desdenham, nem se cansam de adorá-Lo. Os anjos são-nos
ocultados por isso não podemos vê-los. Allah pode mostrá-los a alguns dos Seus servos. O Profeta Muhammad viu o anjo Gabriel na sua forma real, com seiscentas asas que abrangiam o horizonte. (Bukhari e Muslim). 
Gabriel tomou a forma de um lindo ser humano, que conheceu Maria e se envolveu numa conversa com ela. Ele apareceu ao Profeta, quando ele estava entre os seus companheiros, sob a forma de um homem desconhecido, que não demostrava qualquer vestígio de uma longa viagem, com roupa muito branca e cabelos negros. Ele sentou-se em frente ao Profeta, os seus joelhos encostados aos joelhos do Profeta, pousou as palmas das mãos nas pernas do Profeta e conversou com o Profeta. O Profeta mais tarde disse
aos seus companheiros que o homem que viram era Gabriel. (Bukhari e Muslim).

    Funções dos Anjos: Nós acreditamos que aos anjos são atribuídas determinadas funções. Entre os anjos está Gabriel a quem é confiado a revelação. Trará de Allah para quem Ele deseja entre os Seus profetas e mensageiros.

    Entre eles está Miguel que está no comando da chuva e no crescimento das plantas. Israfil que está a cargo de soprar o chifre no momento to trovão-relâmpago e da ressurreição; O Anjo da Morte, que tira as almas das pessoas na altura da morte. Entre os anjos há um que está a cargo das montanhas. E Malik o
guardião do inferno.

    Alguns anjos são responsáveis pelos embriões nos úteros, outros são responsáveis por proteger os seres humanos e outros estão ocupados em registar as ações do homem: existem dois anjos para cada pessoa, “quando os dois anjos recebem (as ações), um senta-se à direita e o outro à esquerda, nem uma palavra é expressa, mas ele é um observador atento”(50:18). Alguns outros anjos são responsáveis por questionar os mortos depois de serem colocados na sua última morada. Dois anjos chegam perto dele e perguntam-lhe sobre o seu Senhor, a sua religião e o seu profeta. Aí “Allah confirma aqueles que acreditam com dizer firme na vida presente e na vida Além e Allah desencaminha os malfeitores e Allah faz o que Lhe apraz.”(14:27).

    Alguns anjos são responsáveis pelos moradores do paraíso: “os anjos entram para eles, por todos os portões, dizendo:’A paz esteja convosco pois fostes pacientes. Quão excelente é a vossa última morada.’”(13:24)

    O profeta, paz esteja com ele disse-nos que: “Setenta mil anjos entram ou rezam na populosa casa no céu todos os dias. Eles nunca regressarão a ela, enquanto vivam”(porque sua vez nunca chegará) Bukhari e Muslim.

O Alcorão e a Sunna



    Fontes dos Seus Atributos:


    Tudo o que mencionarmos acerca dos Atributos de Allah, quer brevemente ou em pormenor, afirmativamente ou negativamente, é baseado no livro do nosso Senhor (O Alcorão) e nas tradições do nosso Profeta (Sunna). Igualmente concorda com a prática de gerações precedentes de Muçulmanos e de Eruditos direitamente guiados que vieram após eles.
    Acreditamos que é obrigatório tomar os textos do Alcorão e das tradições proféticas que concedem os atributos de Allah no seu valor nominal e interpretá-los de uma maneira que seja apropriada a Allah Omnipotente, nós rejeitamos a prática daqueles que torcem os significados destes textos e os compreendem de uma maneira que não seja pretendida por Allah e pelo seu Mensageiro.
    Igualmente rejeitamos a prática daqueles que os fazem
desprovidos dos seus significados como transmitidos por Allah e Seu Mensageiro. Finalmente, rejeitamos a abordagem daqueles que exageram, que Lhes deram uma interpretação física que fez Allah semelhante a algumas das suas criaturas.


                            

Livre de Contradições:


    Sabemos certamente que o que é revelado no livro de Deus e nas tradições do Profeta é a verdade. Não contém qualquer contradição: “ Porventura, não refletem sobre o Alcorão? Se fosse de outra origem que não seja de Allah, certamente encontrariam nele muitas diferenças.”(4:82)
    As contradições em declarações falsificam-nas. É impossível que haja uma contradição em qualquer declaração revelada por Allah e dita pelo Seu Mensageiro, que a paz esteja com ele. Quem afirma que existem contradições no Alcorão, nas tradições proféticas ou entre os dois, deve ter más intenções e um coração desviado. Ele deverá arrepender-se e abandonar o seu pecado. Se alguém imagina que existem algumas contradições no Alcorão, nos ditos do Profeta ou entre os dois, este deve ser um resultado do seu pouco conhecimento, insuficiente compreensão ou falta de profunda reflexão. consequentemente, ele deve ir em busca do conhecimento e fazer o seu melhor para refletir sobre questões até a verdade ser clara para ele. Se, depois de todos os esforços, a verdade ainda não estiver clara para ele, ele deverá deixar todo esse
assunto para Aquele que sabe e deverá desistir da sua imaginação. Ele deverá dizer, assim como todos os outros que estão firmemente enraizados no conhecimento: “Nós acreditamos, tudo é do nosso Senhor.”(3:7). Ele deverá saber que não existem nem contradições, nem diferenças no Alcorão, na Sunna nem entre os dois.


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Nosso Credo



    Salam.

     Do Livro A Crença Muçulmana do Sheikh Muhammad as-Saleh Al-Uthaimin. Uma forma bem simples de se compreender a essência do islamismo.


    O nosso credo é acreditar em Allah, Seus Anjos, Seus Livros, Seus Mensageiros, no Dia do Julgamento, e no Destino, quer bom ou mau.
Crença na autoridade de Allah, Unicidade e Atributos:
    Acreditamos na divindade de Allah, isto é, que Ele é o Senhor, o Criador, o Soberano, e o Gerente de todos os assuntos.
    Acreditamos na unicidade de Allah, isto é, que Ele é o verdadeiro Deus e todos os outros que se nomeiem Deus são falsos.
    Nós acreditamos nos Seus nomes e atributos, e que Ele tem os nomes mais magníficos e atributos sublimemente perfeitos.
    Acreditamos na Sua Unicidade em tudo isto, ou seja, Ele não tem associados na Sua divindade, na Sua soberania, nos Seus nomes e nos Seus atributos. Deus diz no Alcorão: “Ele é o Senhor dos Céus e da Terra e de tudo o que existe entre eles, então adorem-No e tenham paciência na Sua adoração; Conhecem alguém igual a Ele?” (19:65)

    Acreditamos que Ele é “ Allah que não existe outro Deus excepto Allah, O Vivente, O Eterno. O sono ou o dormir não O apreendem; A Ele pertence tudo o que existe nos Céus e na Terra. Quem é que lá está que intercederá perante Ele sem a Sua permissão? Ele sabe o que está antes deles e atrás deles, e a eles não abrange nada do Seu conhecimento excepto o que Ele quer. O Seu trono abrange os Céus e a Terra, a preservação dos mesmos não O carrega. Ele é o Altíssimo, O Grandioso.”(2:255)

    Acreditamos que Ele é “ Allah que não existe outro Deus excepto Allah, O conhecedor do visível e do invisível. Ele é O Graciosíssimo, O Misericordiosíssimo. Ele é Allah, não existe outro Deus excepto Allah, O Rei, O Sagrado, A fonte de Paz, O Protetor da Fé, O Guardião, O Todo-Poderoso, O Dominador, O Sublime. Glorificado seja Deus acima do que Lhe associam. Ele é Allah O Criador, O Fabricante, O Modelador. A Ele pertencem os mais bonitos nomes. Tudo o que está nos céus e na terra O glorifica. Ele é O Altíssimo, O Prudentíssimo.” (59:22-4) Nós acreditamos que a Ele pertence o Reino dos Céus e da Terra. Ele cria o que lhe agrada. Ele dá a quem Ele desejar, do sexo feminino, e Ele dá a quem Ele desejar, do sexo masculino, ou Ele acasála-os, homens e mulheres; e Ele faz estéril, quem Ele quiser. Certamente Ele é o que tudo sabe, O Poderoso.” (42:49-50)

    Acreditamos que “não há nada como Ele, pois Ele é o que tudo ouve, o que tudo vê. A Ele pertence a chave dos Céus e da Terra. Ele aumenta e limita provisões a quem Ele desejar. Certamente Ele é O Sabedor de tudo.”(42:11-12)

                                     

    Acreditamos que “ Não existe criatura que se mova sobre a Terra, sem que a sua prestação dependa de Allah. Ele conhece a sua casa e o seu repouso. Tudo é gravado num livro claro.”(11:6)

    Acreditamos que “ com Ele estão as chaves do desconhecido. Ninguém as conhece, excepto Ele. Ele sabe o que está na terra e no mar; Não há uma folha que caia sem o seu conhecimento. Não há um grão na mais profunda escuridão da terra, nem uma coisa verde ou seca, mas tudo está num livro claro.”(6:59)

    Acreditamos de que “Allah é o único a ter conhecimento da hora, faz descer a chuva, e sabe o que está no útero.Nenhuma alma sabe o que irá ganhar amanhã e nenhuma alma sabe onde irá morrer. Certamente Allah, é O que tudo sabe, O Atento a tudo.”(31:34)

    Acreditamos que Allah fala o que quer que Lhe agrada, sempre que Lhe agrada: “ E Allah falou a Moisés diretamente.” (4:164); “ E quando Moisés chegou ao local designado o seu Senhor lhe falou.” (7:143); “ Chamámo-lo do lado direito do Monte(Sinai), e trouxemo-lo perto em comunhão.” (19:52)

    Acreditamos que “ se o oceano se tornasse tinta para as palavras do meu Senhor, o oceano acabaria antes das palavras do meu Senhor chegarem ao fim.” (18:109); “ Ainda que todas as árvores que estão na terra fossem canetas, e o oceano (fosse tinta), ainda com o inchamento de sete oceanos, as palavras de Allah não acabariam. Certamente Allah é o Alto, O Prudente.” (31:27)

Acreditamos de que as palavras de Allah são as mais verdadeiras em transmitir informações, a mais justa a governar, a mais justa na conversa. Ele disse: “ A palavra do teu Senhor foi cumprida na verdade e na justiça.” (6:115); “ E quem é mais verdadeiro na sua palavra, que Allah?” (4:87)

    Acreditamos que o Alcorão é a palavra de Allah, Ele literalmente falou a Gabriel, que a transportou para o Profeta, que a Paz esteja com ele: “ Dize-lhes (Oh Muhammad), o Espírito Santo trouxe a palavra do teu Senhor em verdade” (16:102); “Na verdade é a revelação do Senhor do Mundo trazida para o teu coração pelo Espírito Fiel, para que possas ser um dos admoestadores, numa clara língua Árabe” (26:192-95)

    Acreditamos que Allah está bem acima das suas criaturas, na Sua Pessoa e nos Seus Atributos, porque Ele diz: “Ele é o Grandioso, o Altíssimo.” (2:22); Ele é O Supremo acima dos Seus servos e Ele é o Prudente, O que tudo sabe.” (6:18)

    Acreditamos que Ele “criou os Céus e a Terra em seis dias, então Ele estabeleceu-se no Seu Trono; Ele tudo controla” (10:3). O Seu “ estabelecer-se no Trono” significa que Ele está sentado no Seu Trono em pessoa, duma forma que mostra a Sua Majestade e Grandeza. Ninguém senão Ele sabe exatamente como Ele está sentado.
Nós acreditamos que Ele está com as suas criaturas enquanto ainda está no Seu trono. Ele conhece as suas condições, ouve os seus dizeres, vê as suas ações, e gere os seus assuntos. Ele fornece aos pobres e aos quebrados.

    Ele dá a soberania a quem Lhe apraz e tira-a de quem Lhe apraz. Ele exalta quem Ele quer e rebaixa quem Ele quer. Na Sua mão tudo é bom e Ele é poderoso sobre tudo. Quem Quer que possua estas qualidades está literalmente com as Suas criaturas, ainda que Ele esteja literalmente acima delas no Seu
trono. “Não há nada que se assemelhe a Ele; Ele é O que tudo ouve, O que tudo vê.” (42:11)

    Nós não dizemos, como fazem os Encarnacionistas entre os Jahomitas e outros, que Allah vive entre as Suas criaturas na Terra. Consideramos que quem quer que diga isto é um não crente ou aquele que foi desviado, porque Ele atribuiu a Allah o que não Lhe assenta em defeitos.
    Acreditamos no que o Seu mensageiro nos disse, que Ele desce até ao céu mais próximo antes do último terço de todas as noites e diz: “ Quem reza para mim e Eu responderei ás suas orações? Quem Me pede algo e Eu lhes darei? Quem pede pelo Meu perdão e Eu lhe perdoarei?” (Bukhari and Muslim).

    Acreditamos que Ele virá no Dia do Julgamento para julgar o Seu povo, porque Ele disse: “Não, certamente! Quando a terra for esmagada a pó e o vosso Senhor vier para baixo com os Seus Anjos de fileiras em fileiras, o inferno é trazido para fora nesse dia. Nesse dia o homem lembrar-se-á, mas de que lhe
valerá a lembrança?” (89:21-23).


Acreditamos que Ele é O executor de tudo o que Quer. A vontade de Allah : Universal e Legal

    Acreditamos que a Sua vontade é de dois tipos: a) Vontade Universal, através do qual a Sua intenção é realizada. Não é necessário que o que é realizado seja desejado por Ele. Este tipo de vontade significa permissão, assim como Allah disse: “ Teria Allah querido, não teriam combatido um contra o outro, mas
Allah faz o que quer que Ele Deseja,” (2:253) e “ Se Allah desejar extraviar-te para o caminho errado, Ele é o teu Senhor” (11:34), e b) Vontade Legal, o que não implica necessariamente a execução da sua vontade. A Sua vontade neste caso, não poder ser senão o que Ele gosta, assim como Ele disse: “Allah quer te perdoar” (4:27).

    Acreditamos que a Sua vontade Universal e Legal são parte da Sua sabedoria. Tudo o que executa no Universo ou exige legalmente das Suas criaturas é por uma boa razão e de acordo com a Sua sabedoria e quer nós O entedamos ou não: “Não é Allah o melhor dos juízes?” (95:8); “ E quem melhor que Allah no julgamento de um povo que tem Fé firme” (5:50).

    Acreditamos que Allah ama os Seus selecionados Servos e que eles O Adoram: Diz se amarem Allah, sigam-me e Allah vos amará” (3:31);
“ Allah trará um povo que irá amar e que irá amá-Lo”(5:54);“ Allah ama os perseverantes”(3:146); “ E atua justamente, certamente, Allah ama o justo”(49:9); E “Praticai o bem; Allah ama os benfeitores”(5:93).

    Acreditamos que Allah gosta do que Ele prescreveu como boas ações e provérbios e Ele não gosta do que Ele proibiu como más ações e provérbios: “Se você descrê, certamente Allah não precisa de si, contudo Ele não gosta de descrença para os Seus servos; Se estiver agradecido, isto agrada-O”(39:7); e “Mas
Allah não gostou da sua marcha adiante. Assim manteve-os para trás e disse-lhes: “Fiquem com os fracos””(9:46)

    Acreditamos que Allah está satisfeito com aqueles que creêm Nele e praticam boas ações: “Allah está muito satisfeito com eles, e eles muitos satisfeitos com Ele. Isto é para quem teme o Seu Senhor”(98:8).

    Acreditamos que Allah está irritado com aqueles que merecem a sua indignação entre os descrentes e outros: “E aqueles que pensam mal a respeito de Allah contra eles será a má volta da fortuna. Allah está irritado com eles”(48:6); “Mas quem quer que abra o seu coração à descrença, sobre eles cairá a ira de
Allah e terão um castigo severo”(16:106).

    Mais atributos de Allah: Nós acreditamos que Allah tem um glorioso e digno rosto: “Permanecerá o rosto do teu Senhor, majestoso e esplêndido”(55:27).

     Acreditamos que Allah tem duas mãos generosas: “Não, ambas as mãos estão largamente abertas. Ele gasta como Lhe apraz” (5:64); “Eles não estimam Allah, com a estima que Lhe é devido. Toda a Terra serà uma mão cheia no Dia da Ressurreição e os Céus serão enrolados na Sua mão direita. Glorificado seja e exaltado seja Ele acima de tudo o que Lhe associam”(39:67).

    Acreditamos que Allah tem dois olhos reais, porque Ele disse:

“E construam arca diante dos nossos olhos, como revelamos”(11:37); O Profeta, a paz esteja com ele, disse: “O Seu Véu é luz, se Ele o removesse a sublimidade das suas feições teriam queimado tudo o que estaria ao alcance da sua visão”(Muslim e Ibn Majah). Os Sunitas unanimemente
concordaram que Ele tem dois olhos. Isto é apoiado pelos dizeres do Profeta acerca do Dajjal (O Anti-Cristo) que “ele tem um só olho e o teu Senhor não tem um olho só”(Bukhari e Muslim).

    Acreditamos que “ a visão não pode percebe-Lo, mas Ele percebe toda a visão. Ele é O incompreensível, O que tudo sabe”(6:103)

    Acreditamos que os fiéis irão ver o seu Senhor no Dia da Ressurreição: “Após esse dia alguns rostos deverão ser radiantes ao observar o seu Senhor”(75:22-3).

    Acreditamos que como Allah não há igual, porque seus atributos são perfeitos: “ Não há seja o que for igual a Ele. Ele é O que Tudo Ouve, O que Tudo Vê”(42:11). Nós acreditamos que “Nem o sono nem o dormir o dominam”(2:225), porque Sua vida é perfeita, eterna.

    Acreditamos que Ele não causa injustiça a ninguém, porque Sua lealdade é perfeita.
Acreditamos que Ele não está desatento ás ações dos seus servos, porque Ele tem uma supervisão perfeita e um conhecimento detalhado.

     Acreditamos que Ele é capaz de fazer qualquer coisa nos Céus ou na Terra, devido ao Seu perfeito conhecimento e poder: “Certamente o Seu comando, quando deseja algo, é dizer somente “seja” e será”(36:82)

    Acreditamos que Ele é livre de cansaço e fraqueza, devido ao Seu infinito poder: “Em verdade Nós criamos os Céus e a Terra e tudo quanto existe entre ambos, em seis dias e fadiga alguma nos tocou”(50:38)


Descrevendo Allah pela Sua revelação:

    Acreditamos em tudo o que Ele atribuiu a Si mesmo ou em como o Seu Mensageiro O descreveu, de nome a atributos.No entanto rejeitamos dois conceitos: 1) Dizer ou acreditar que os atributos de Allah são semelhantes aos das Suas criaturas. 2) Dizer ou acreditar que os atributos de Allah são como tais e tais.

    Negamos tudo o que Ele nega sobre Si ou aquilo que o Seu Mensageiro negou acerca d’Ele. Acreditamos que a negação implica a afirmação do perfeito oposto. Nós não discutimos o que Ele ou o Seu Mensageiro nunca mencionaram acerca d’Ele.

    Acreditamos que, seguir esta abordagem é uma obrigação, porque o que Allah afirmou ou negou relativamente a Si mesmo, é uma declaração acerca de Si mesmo. Ele conhece-se melhor. Suas palavras são as mais justas e confiáveis, e as pessoas não podem saber tudo sobre Ele. O que o Mensageiro
de Allah afirmou ou negou sobre Ele é uma declaração que ele fez sobre Allah. Além de conhecer Allah melhor do que ninguém, ele é o mais leal, sincero,eloquente entre os povos.

     Assim aquilo que Allah nos diz e aquilo que o Seu Profeta nos disse relativamente aos Seus nomes e Atributos é a verdade,o conhecimento e os esclarecimentos. Portanto não temos qualquer desculpa para rejeitar ou ainda hesitar em aceitá-la.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

AVISO AOS QUE PREVINEM A MENSAGEM DE DEUS



    O melhor livro é o Livro de Allah e a melhor orientação é a orientação do Profeta Mohammad .
Allah deu uma grave advertência a aqueles que previnem a Sua mensagem original para a humanidade:


“Ai daqueles que copiam o Livro (alterando-o) com as suas mãos, e então dizem: Isto emana de Allah, para negociá-lo a vil preço. Ai deles, pelo que as suas mãos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram!” (Al-Baqara, 2:79, o Alcorão)

“Quanto aos incrédulos, nem as suas riquezas, nem os seus filhos, de nada lhes servirão ante Allah, e serão combustível do inferno.” (Al-'Imran, 3:10, o Alcorão)

“Para Allah a religião é o Islam (submissão à Sua vontade).” (Al-'Imran, 3:19, o Alcorão)

“Se alguém almejar (impingir) outra religião, que não seja o Islam (submissão a Deus), (ela) jamais será aceita e, no Outro Mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados.”(Al-'Imran, 3:85, o Alcorão)

“Ó crentes, temei a Allah, tal como deve ser temido, e não morrais, senão como muçulmanos (submetendo a Vontade de Allah).” (Al-'Imran, 3:102, o Alcorão)

“Infundiremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atribuído parceiros a Allah, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso. Sua morada será o fogo infernal. Quão funesta é a morada dos injustos!” (Al-'Imran, 3:151, o Alcorão)

“Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inúmeros homens e mulheres.” (An Nissá, 4:1, o Alcorão)

“Allah jamais perdoará quem Lhe atribuir parceiros, conquanto perdoe outros pecados a quem Lhe apraz. Quem atribuir parceiros a Allah desviar-se-á profundamente.” (An Nissá, 4:116, o Alcorão)

“Dize: Tomareis por protetor outro que não seja Allah, Criador dos céus e da terra, sendo que é Ele Quem vos sustenta, sem ter necessidade de ser sustentado?” (Al-An'am, 6:14, o Alcorão)

“Haverá alguém mais injusto do que quem forja mentiras acerca de Allah ou desmente os Seus versículos?” (Al-A'raf, 07:37, o Alcorão)

“Atribuíram-Lhe parceiros que nada podem criar, uma vez que eles mesmos são criados. Nem tampouco poderão socorrê-los, nem poderão socorrer a si mesmos.” (Al-A'raf, 7:191-192, o Alcorão)

“Sabei que tudo quanto existe nos céus e na terra comparecerá, como servo, ante o Clemente.” (Mariam, 19:93, o Alcorão)

“Não obstante, eles adoram, em vez d’Ele, divindades que nada podem criar, posto que elas mesmas foram criadas. E não podem prejudicar nem beneficiar a si mesmas, e não dispõem da morte, nem da vida, nem da ressurreição.” (Al-Furqan, 25:3, o Alcorão)

“Haverá alguém mais injusto do que quem forja mentiras acerca de Allah ou desmente a verdade, quando esta lhe chega? Não há, acaso, no inferno, morada para os incrédulos?” (Al-'Ankabut, 29:68, o Alcorão)

“Se desagradecerdes, (sabei que) certamente Allah pode prescindir de vós, e não Lhe agrada a ingratidão dos Seus servos; em troca, se agradecerdes, isso Lhe aprazerá. E nenhum pecador arcará com culpa alheia...” (Az-Zumar, 39:7, o Alcorão)

"Temos criado para o Inferno numerosos gênios e humanos com corações com os quais não compreendem, olhos com os quais não vêem, e ouvidos com os quais não ouvem. São como as bestas, quiçá pior, porque estão desatentos (às admoestações).” (Al-Araf, 7:179, o Alcorão)

UMA HISTORIA ESTRANHA



    Há o conto dos três Magi55 que se tornaram cristãos e foram discípulos devotos de um padre. Ele ensinou-lhes o credo cristão, particularmente a Trindade. A fim de estudar mais profundamente a doutrina, eles ficaram com o sacerdote. Após algum tempo, um amigo do sacerdote veio visitá-lo e perguntou sobre a conversão dos três Magi. O padre estava bastante orgulhoso de mencionar os três convertidos e seus estudos do dogma cristão. O padre chamou um dos três para mostrar a sua proficiência sobre a Trindade ao visitante.

    Feliz, o homem disse: "Você me ensinou que há três deuses em um. Um no céu, o segundo nascido da Virgem Maria, e o terceiro, o Espírito Santo, que desceu sobre o Messias, na forma de uma pomba quando o segundo deus tinha 30 anos de idade." Ao ouvir isso, o sacerdote ficou irritado e expulsou o discípulo dizendo que ele era um tolo. Depois disso, ele chamou o segundo homem e perguntou-lhe a mesma coisa. O segundo homem respondeu: "Você me ensinou que havia originalmente três deuses, dos quais um foi crucificado e morreu, ficando dois para trás." O padre ficou novamente irritado, e colocou-o para fora. Em seguida, ele chamou o terceiro que era comparativamente mais inteligente do que os anteriores e aprendera o credo diligentemente. O padre pediu-lhe para expor o dogma da Trindade. O homem respondeu:

"O que você me ensinou, através das bênçãos do Messias, eu tenho aprendido de forma diligente, e é - Um é três e três é um. Um deles foi crucificado e morreu. Assim, pela morte de um, todos os três deuses morreram: porque todos os três são um e unidos. Portanto, a morte de um é a morte de todos os três, caso contrário, não haveria a união deles.” 56

Isto significa que, devido à crucificação como alegado pelos cristãos, Deus e Jesus Cristo pereceram e extinguiram-se, porque de acordo com sua crença, Jesus é Deus e profeta e depois de cuja morte os cristãos não possuem nem Deus, nem profeta ou o Espírito Santo. Assim, através da união, todos os três deuses morreram pela morte de Cristo. Em suma, tanto a unidade quanto a trindade também desapareceram após o desaparecimento de Deus, porque a unidade e a trindade repousam na existência de Deus. Com Deus desaparecendo de cena, então naturalmente os seus atributos também, deveriam desaparecer.


Footnotes:
55 Nota do tradutor: Magi é o plural em latim para Magus que é o nome dado para aquele que pratica a religião chamada Zoroastrismo.
56 Al-Jawab-ul-Fasih. P. 369

O QUE É O ALCORÃ0 E O QUE DIZ SOBRE JESUS E SUA MÃE



    O Alcorão Sagrado é uma mensagem abrangente e universal revelada ao Profeta Mohammad através da agência do anjo Gabriel como o Último e Final Testamento de Deus para a humanidade. É Misericórdia e Orientação de Deus para os seres humanos; é um código de vida completo, que inclui todos os aspectos da atividade humana (por exemplo, código de conduta pessoal, relações sociais, política, econômica e código de relações internacionais). Ele tem resistido ao teste do tempo porque a sua preservação recai sobre o próprio Deus. Por isso, é o único Livro de Deus existente hoje que permanece puro depois de mais de 1.400 anos. Ele confirma todas as revelações dos profetas anteriores e corrige os erros que se infiltraram
nas prévias revelações, e os revoga. Allah diz:


“Lê, em nome do teu Senhor Que criou; Criou o homem de algo que se agarra (coágulo). Lê, que o teu Senhor é o mais Generoso, Que ensinou através da pena, Ensinou ao homem o que este não sabia. Qual! Em verdade, o homem transgride, Quando se vê rico. Sabe (ó Mensageiro) que o retorno de tudo será para o teu Senhor.” (Al Alac, 96:1-8, o Alcorão)

“Esta é a revelação do Livro indubitável, que emana do Senhor do Universo.” (As-Sajda, 32:2, o Alcorão)

“Eis aqui o Livro bendito que temos revelado, confirmante dos anteriores...” (Al-An'am, 6:92, o Alcorão)

“Só te revelamos o Livro, para que lhes elucides as discórdias, e para que ele seja orientação e misericórdia
para os que creem.” (An-Nahl, 16:64, o Alcorão)

“Em verdade, temos-te revelado o Livro, para (instruíres) os humanos. Assim, pois, quem se encaminhar, será em benefício próprio; por outra, quem se desviar, será em seu próprio prejuízo...” (Az-Zumar, 39:41, o Alcorão)


Na verdade, de acordo com o comentarista do Alcorão, há três propósitos expressos para a sua revelação ao Profeta Mohammad :

(1) que ele (o Alcorão) deveria trazer a unidade entre as seitas discordantes para o Evangelho da Unidade, enquanto pregando a Unicidade do Deus Verdadeiro;

(2) que a revelação deveria ser um guia para a conduta correta, e

(3) que ele (o Alcorão) deveria abrir o caminho do arrependimento e da salvação, e, assim, ser a maior misericórdia para com os pecadores errantes. Ele ordena que homens e mulheres sejam justos. Se eles rejeitarem, a perda é deles próprios. 53


O PAPEL DE JESUS 


“O exemplo de Jesus, ante Allah, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! e foi.” (Al-'Imran, 03:59, o Alcorão)

“E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Allah, embora não sendo, na
realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, mas o confundiram com outro. E aqueles que discordam quanto a isso estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, mas apenas conjecturas para seguir; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Allah fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo. Nenhum dos adeptos do Livro deixará de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte, e, no Dia da Ressurreição, testemunhará contra eles.” (An Nissá, 4:157-159, o Alcorão)

“Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Allah senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Allah e o Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Allah e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Allah é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Allah é mais do que suficiente Guardião.” (An Nissá, 4:171, o Alcorão)

“São blasfemos aqueles que dizem: Allah é o Messias, filho de Maria, ainda quando o mesmo Messias disse: Ó israelitas, adorai a Allah, Que é meu Senhor e vosso. A quem atribuir parceiros a Allah, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal! Os injustos jamais terão socorredores. São blasfemos aqueles que dizem: Allah é um da Trindade! porquanto não existe divindade alguma além do Allah Único. Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará os incrédulos entre eles. Por que não se voltam para Allah e imploram o Seu perdão, uma vez que Ele é Indulgente, Misericordiosíssimo? O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam; e sua mãe era sinceríssima. Ambos se sustentavam de alimentos terrenos, como todos. Observa como lhes elucidamos os versículos e observa como se desviam. Pergunta-lhes: Adorareis, em vez de Allah, ao que não pode prejudicar-vos nem beneficiar-vos, sabendo (vós) que Allah é o Oniouvinte, o Sapientíssimo?” (Al-Máida, 5:72-76, o Alcorão)

“E recorda-te de que quando Allah disse: Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu que disseste aos homens: Tomai a mim e a minha mãe por duas divindades, em vez de Allah? Respondeu: Glorificado sejas! É inconcebível que eu tenha dito o que por direito não me corresponde. Se o tivesse dito, tê-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que ignoro o que encerra a Tua. Somente Tu és Conhecedor do desconhecido. Não lhes disse, senão o que me ordenaste: Adorai a Allah, meu Senhor e vosso! E enquanto permaneci entre eles, fui testemunha contra eles; e quando quiseste encerrar os meus dias na terra, foste Tu o seu Único observador, porque és Testemunha de tudo.” (Al-Maída, 5:116-117, o Alcorão)

“Este é Jesus, filho de Maria; é a pura verdade, da qual duvidam. É inadmissível que Allah tenha tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja! e é. E Allah é o meu Senhor e o vosso. Adorai-o, pois! Esta é a senda reta.” (Mariam, 19:34-36, o Alcorão).

“Afirmam: O Clemente teve um filho! Sem dúvida que hão proferido uma heresia. Por isso, pouco faltou para que os céus se fundissem, a terra se fendesse e as montanhas, desmoronassem. Isso, por terem atribuído um filho ao Clemente, Quando é inadmissível que o Clemente houvesse tido um filho. Sabei que tudo quanto existe nos céus e na terra comparecerá, como servo, ante o Clemente.” (Mariam, 19:88-93, o Alcorão)

"Maria nunca disse que ela era uma mãe de Deus, ou que seu filho era Deus. Ela era uma mulher piedosa
virtuosa. E Jesus renuncia aqui a qualquer conhecimento do tipo de coisas que são atribuídas a ele por aqueles que tomam seu nome. O culto a Maria, embora repudiado pelos protestantes, foi amplamente difundido nas igrejas do passado, tanto no Oriente como no Ocidente." 54


Como complemento, as seguintes referências Bíblicas também lhe darão a compreensão dos ensinamentos de Jesus : No Evangelho de Mateus 4:10, onde Jesus repreende Satanás por desejar a adoração de outro além de Allah ( Deus). Em João 20:17, onde ele diz a Maria Madalena: "Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês." Em Lucas 18:19, onde ele repreende um certo príncipe por chamar-lhe “Bom Mestre”: “Por que você me chama bom?”respondeu Jesus. “Não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus." E em Marcos 12:29, onde ele diz: "O mais importante é este: “Ouça, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor."



Footnotes:
53 Abdullah Yusuf Ali: The Holy Qur'an, English Translation of the meanings and commentary, n. 2091, p. 750.
54 Ibid, n.783, p. 311; n. 829 and n. 830, p. 327 with reference to (Cf. v. 72, and n. 782), p. 310.
55 Nota do tradutor: Magi é o plural em latim para Magus que é o nome dado para aquele que pratica a religião chamada Zoroastrismo.

terça-feira, 28 de junho de 2016

SERÁ QUE JESUS APROVA O CONCEITO DO ESPÍRITO SANTO?



    Deus, em Sua infinita Sabedoria e Misericórdia, de tempos em tempos, enviou profetas para transmitir Sua mensagem e convidar a humanidade para a retidão (ou seja, para o caminho da paz e obediência ao Deus Único e Verdadeiro.) A mensagem é chamada de Islam (submissão à vontade de Deus).
    Esta mensagem foi transmitida a todas as nações e tribos do mundo, por sucessivas gerações, convidando a humanidade a submeter-se a Vontade de Deus. No entanto, as Revelações anteriores foram distorcidas e corrompidas pelas gerações posteriores, e os profetas foram ignorados e perseguidos. A Revelação pura de Deus foi poluída por mitos, superstições, cultos a ídolos e ideologias irracionais. Assim, a religião de Deus se perdeu no fluxo de vários falsos cultos.
    A história humana é uma crônica do movimento do homem entre a luz e a escuridão. Deus, do Seu Amor abundante e Misericórdia para com a humanidade, não nos deixou na escuridão para descobrir o caminho certo por tentativa e erro apenas. Ele enviou o Seu último Mensageiro, o Profeta Mohammad para guiar a humanidade durante a Idade chamada das Trevas. A Revelação (por exemplo, o Alcorão Sagrado, através da agência do anjo Gabriel) que ele recebeu é de natureza abrangente e universal. Esta orientação divina descreve o conhecimento e a realidade sobre o Criador Onipotente, o universo, o propósito de nossa criação, e nossa vida neste mundo e no outro. Ela guia a humanidade ao CAMINHO DA VERDADE E RETIDÃO, e ao SUCESSO nesta vida e na próxima.
    Dizer que a vinda de outro Paracleto/defensor/confortador/conselheiro/espírito da verdade na forma de outro profeta "como Moisés e Jesus é perfeitamente correto. O conceito de "Espírito Santo" em vez de "outro profeta" é totalmente negada pelo Evangelho de João.

    Para entender a mensagem de Jesus sobre o assunto, é preciso começar com a Primeira Epístola de João, em 1 João 2:1 na Bíblia. Aqui, você vai entender que Jesus foi o "Paracleto original": "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado (Paracleto) junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.”

    Jesus , que foi o "Paracleto original", profetizou a vinda do "outro Paracleto". No entanto, revisores da Bíblia traduziram este "Paracleto" em muitas palavras diferentes, que os leitores podem se deparar dependendo de quem escreveu a Bíblia (ou seja, Paracleto / Advogado / Consolador / Auxiliador / Conselheiro / Espírito Santo / Espírito de verdade).

    O mesmo termo "Paracleto" é utilizado no Evangelho de João que diz respeito à profecia feita por Jesus sobre a vinda de "outro Paracleto". Ele diz: "E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro (Paracleto) para estar com vocês para sempre." (João 14:16, na Bíblia). Ele também disse a seus discípulos que este "Paracleto" lhes ensinaria todas as coisas e lhes traria tudo para que eles se lembrassem. Ele disse em João 14:26, na Bíblia: "Mas o Conselheiro (Paracleto), o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse.", e em João 15:26: "Quando vier o Conselheiro (Paracleto), que eu enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade que
provém do Pai, ele testemunhará a meu respeito."

    Você vai notar nos versos acima que a Bíblia50 usou a palavra "conselheiro", a mesma se referindo ao "Espírito Santo" (14:25). Mas ela foi alterada em João 15:26 como se referindo ao "Espírito da verdade". Mais uma vez, no seguinte versículo abaixo, é revertida para um "conselheiro", mas, você descobrirá mais tarde que ela é novamente alterada e atribuída ao "Espírito da verdade" em João 16:13, na Bíblia.

    (João 16:7-8, na Bíblia): "Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro (Paracleto) não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o
mundo do pecado, da justiça e do juízo." Isto foi confirmado no Alcorão, onde Jesus foi elevado por Deus , mas não crucificado como alegado.

    No versículo acima (João 16:7-8), a vinda de "Conselheiro" ou "Paracleto" depende da partida de Jesus . Além disso, Jesus , não revelou que este "Paracleto" viria no seu tempo.

    Em João 16:12-15, Jesus continuou sua profecia sobre a vinda desse "outro Paracleto" a quem ele chamou como o "Espírito da verdade". Ele diz: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade (Paracleto), ele vos guiará a toda a verdade; porque ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e ele vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que ele há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar."

    O versículo acima acaba com a confusão criada pela expressão Espírito Santo alegada pelos cristãos porque, de acordo com a Bíblia em Gênesis 1:2, este Espírito Santo tem estado na terra desde o inicio
da Criação. "Ele" também estava presente no rio Jordão, quando João batizou Jesus . Então, como poderia Jesus dizer: "mas se eu for, eu enviarei o 'Espírito Santo' para vocês.", em João 16:7? O que Jesus
quis dizer foi que "outro Paracleto" ou "outro Profeta "como ele viria. O envio do Espírito Santo é completamente descartado, uma vez que ele já estava aqui na terra desde o inicio da criação.

    Além disso, o Espírito Santo e o Espírito de verdade são dois termos distintos e duas entidades independentes.51. Jesus nos disse com palavras claras que o Conselheiro ou Espírito da Verdade
(Paracleto), a quem ele profetizou, era um Homem, um profeta como ele próprio, e um filho do homem que nos ensinaria todas as coisas.

    Todos os pronomes “ele” referem-se ao "Espírito da verdade" e designam o gênero masculino para concordar com a palavra "Conselheiro" em João 16:7. A palavra "Conselheiro" é um termo descritivo usado no lugar do "Espírito da Verdade", e gramaticalmente, pronomes devem concordar em gênero com o substantivo a que eles estão relacionados. Então, os versículos 13 e 15 de João, capítulo 16, provam que o “Espírito da Verdade” não é parte da Trindade. 52

    Também em João 16:13, Jesus salientou o ponto de este Espírito da Verdade ser apenas um profeta que seria instruído sobre que fazer pelo Altíssimo: "Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir." Sendo apenas um profeta (não um ser divino ou Espírito Santo), ele não tem autoridade própria, mas é dado a inspiração de Deus no céu.

    Além disso, você notará que em João 16:14, Jesus diz sobre o Espírito da Verdade: "Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês." O Alcorão, que é a mensagem de Mohammad glorifica tanto Jesus quanto a sua mãe Maria. O nome de Jesus é mencionado no Alcorão Sagrado cinco vezes mais do que o nome de Mohammad . E o fato de que todo o capítulo 19 do Alcorão Sagrado é especificamente em nome de sua mãe Maria (Capítulo Mariam), prova eloquentemente os nossos argumentos que, de fato, Jesus foi glorificado sobremaneira.

    Ademais, Jesus disse: "Ele lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse.". É por isso que a mensagem de Mohammad , que é o Alcorão é uma mensagem completa, que inclui a mensagem de Jesus e todas as mensagens anteriores. Na verdade, o Alcorão é a confirmação da mensagem de Jesus e daqueles que vieram antes dele. É uma mensagem global que abrange todos os aspectos da atividade humana seja pessoal, social, política, econômica ou de relações internacionais. Ela é chamada de ISLAM (a religião da submissão à vontade do Deus Único e Verdadeiro - Allah) É um completo código de vida, e também uma mensagem universal que é dirigida a toda a humanidade que conduz o homem a uma reconciliação com Deus, e que pode lhe dar, se for a vontade de Deus, os frutos da salvação.

    Igualmente, em 1 João 4:6, na Bíblia, ambos os termos "o espírito da verdade" e "o espírito do erro" são usados para os seres humanos. E, no mais antigo Manuscrito, o Codex Syriacus, descoberto em 1812 no Monte Sinai pela Sra. Anges S. Lewis e Sra. Bensley, o texto de João 14:26 diz: "Paracleto, o Espírito" e não "Paracleto, o Espírito Santo". O "Espírito" referido no antigo Manuscrito, é uma referência ao "Espírito da Verdade" em João 15:26 da Bíblia de hoje.

    Finalmente, reflita sobre o que o Profeta Jesus , disse em Mateus 21:43: "Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino."

    Observe que a advertência de Jesus aos judeus, quando eles se tornaram apóstatas por crerem e adorarem outras divindades além do Deus Todo-Poderoso, teve sua origem em Gênesis 49:10 com o
Profeta Jacó alertando sobre Judá. Foi de fato o cumprimento de profecias anteriores. Em Deuteronômio 32:21, na Bíblia, Deus diz:

"Provocaram-me os ciúmes com aquilo que nem deus é e irritaram-me com seus ídolos inúteis. Farei que tenham ciúmes de quem não é meu povo; eu os provocarei à ira por meio de uma nação insensata."

    Os árabes antes do Islã foram descritos pelo Ocidente como nação insensata. Um escritor retratou-os como "brutos com pele humana", mas, quando o Islã foi-lhes introduzido, eles se tornaram o modelo de humanidade. Profeta Mohammad removeu todos os vestígios de idolatria e pregou a Unicidade de Deus - o Criador. Só ele é Deus, o Acalentador e Sustentador de todos os Mundos; Aquele que não tem parceiros, associados, família, filhos, ou auxiliares. A nação árabe em geral, e Mohammad em particular, são o cumprimento de todas as profecias acima.



Footnotes:
50 Nota do Tradutor: A versão da Bíblia usada é a Nova Versão Internacional
51 Nota do Tradutor: No parágrafo seguinte o autor explica a diferença entre os dois por uma perspectiva gramatical. Ele explica que quando se referindo ao Espírito Santo, o pronome pessoal usado em inglês é “It” (terceira pessoa singular usado para se referir a coisas e objetos, e não-pessoas), mas quando se referindo ao Espírito da Verdade o pronome pessoal usado é “He” (terceira pessoa masculino singular usado para pessoas). “The later takes the pronoun "he" being a male figure whereas, the former one takes the pronoun "it".”
52 Victor Paul Wierwille: "Jesus Christ is not God", American Christian Press, The Way International, New Knoxville, Ohio 45871, p. 143

ARGUMENTOS ADICIONAIS REFUTANDO A DOUTRINA DA TRINDADE



    Nem uma vez Jesus é referido como "Deus, o Filho", mas apenas como o "Filho de Deus", cerca de 68 vezes no Novo Testamento da Bíblia, o que significava que ele não é de forma alguma Deus. Dizer que ambas as referências são uma e a mesma coisa em significado nega as regras da linguagem, deixando-as absolutamente inútil como um instrumento de comunicação.44
    Jesus teve o seu início, porque ele foi criado por Deus. Ele não era co-eterno com Deus ou co-igual com o Deus Todo-Poderoso em qualquer sentido. Ele sempre esteve sujeito à vontade de Deus e ainda continua estando.
    Ário definiu Deus como 'agenetos "- ou seja, a definitiva fonte da qual tudo deriva, mas a qual deriva de fonte alguma. Isto é o que distingue a essência de Deus da de todos os outros seres. O Logos (ou Verbo) do Evangelho de João deriva a sua existência de Deus e, portanto, não é Deus no sentido absoluto. 45
    A doutrina da Trindade é um claro desvio dos ensinamentos originais dos profetas de Deus. Adorar a Deus de acordo com a Sua Vontade significa rejeitar a doutrina da Trindade completamente. "Pois Deus não é Deus de confusão, mas de paz." (1 Coríntios. 14:33, na Bíblia)

    Assim, John Baker escreve que "Jesus não se via como um homem comum, nem como o Salvador do  mundo, e muito menos como um ser divino pré-existente vindo do céu." Ele admite que “Jesus estava
enganado sobre o programa que Deus planejou seguir” e passa a argumentar que "estar em erro sobre os detalhes do futuro" é uma "característica da condição humana" que "só poderia ser superada investindo Jesus com poderes sobre-humanos que poderiam de fato satisfazer os velhos e cansados sonhos do paganismo, mas absolutamente excluiria qualquer verdadeira encarnação de Deus." 46

    Percebendo esta verdade, John Hick, editor de "O Mito do Deus Encarnado", em seu Prefácio disse:

"A necessidade surge do crescente conhecimento das origens cristãs, e envolve o reconhecimento de que Jesus era como ele foi apresentado em Atos 2:22, ‘um homem aprovado por Deus’ para um papel especial dentro do propósito divino, e que a concepção posterior dele como Deus Encarnado, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade vivendo uma vida humana, é uma forma mitológica ou poética de expressar o significado dele para nós. " 47
 
     O credo cristão afirma que as "Três Pessoas" estão unidas em um só corpo (três em um Deus). Como pode qualquer membro da Trindade de Deus ser considerado completo quando, na realidade, cada um deles constitui apenas 1/3 da Divindade? É absurdo pensar que cada um é um Deus completo quando os três estão em um só ser e, assim, constituem um Deus.
    Novamente, quando Jesus estava na Terra, ele não era um Deus completo, nem era o "Pai no Céu" um Deus no todo, o que estaria em contradição com as palavras de Jesus . Ele diz em João 20:17, na Bíblia: "Eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus." Se Deus fosse três-em-um, quem era o Deus do Céu durante os três dias entre a alegada crucificação e a ressurreição? Quem era o Deus quando Jesus estava no ventre de Maria?
    Fosse esta doutrina o ensinamento de Jesus , ele teria afirmado isto em termos claros. Enquanto que, a palavra trindade não é nem mesmo escrita na Bíblia, mas em vez disso, Jesus disse em Marcos 12:29, na Bíblia: "... o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!"
    Muitos cristãos nunca pensaram nas implicações de um Deus três-em-um (a Trindade). Como Deus poderia ser adorado ou a sua vontade satisfeita quando não está claro quem é Deus?

"A filosofia nos diz que nenhum ser do qual outro ser pode vir, e existir como um indivíduo separado, e tornar-se igual, e parceiro, pode ser considerado perfeito. Atribuir um filho a Deus é negar a perfeição de Deus." 48

"Elevar Jesus ao nível de Deus significa uma grave blasfêmia contra o único Deus verdadeiro, enquanto que
separar Jesus de Deus não o desacredita, mas apenas o coloca em sua nobre posição como um grande profeta e mensageiro de Deus."

“Ele foi Quem vos criou; e entre vós há incrédulos, assim como há crentes; contudo, Allah bem vê tudo quanto fazeis.” 49




MAIS EVIDENCIAS REFUTANDO A AFIRMAÇÃO DA DOUTRINA DA TRINDADE:



    “Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai.”
(Mateus 20:23, na Bíblia). Jesus por si mesmo não tem o poder ou a autoridade para conceder coisa alguma, exceto o que tenha sido decretado por Deus, a quem ele chama de "Pai".

    “Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres.” (Mateus 26:39, na
Bíblia). Aqui Jesus procura a ajuda de seu Pai (Deus), enfatizando não ser pela sua vontade, mas pela Vontade de Deus. É evidente a partir disso que sua vontade é separada da de Deus.

    “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mateus 27:46, na Bíblia) "... Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito." (Lucas 23:46, na Bíblia), tais palavras como "Meu Deus!” só vem de alguém
que está aflito. E se Jesus era Deus, então por quem ele fora abandonado? Por ele mesmo? Isto soa ridículo. Deus não precisa submeter-se a outro Deus.

    "Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus." (Marcos 10:18, na Bíblia). Jesus salientou que ninguém é maior em bondade ou retidão salvo Deus. Desassociando-se, assim, da
Divindade.

    "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai." (Marcos 13:32, na Bíblia) - Se Jesus fosse realmente igual a Deus ou parte da Trindade, ele saberia o que o Pai sabia.

"Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo..." (João 5:19, na Bíblia)

"Eu nada posso fazer de mim mesmo..." (João 5:30, na Bíblia)

"O meu ensino não é de mim mesmo. Vem daquele que me enviou." (João 7:16, na Bíblia)


    Nas três declarações citadas acima, Jesus deixou claro não ter nenhuma autoridade ou poder investido nele, e que o que pregava era de Deus.

    "... o Pai é maior do que eu." (João 14:28, na Bíblia) - Esta afirmação categoricamente nega a doutrina da Trindade uma vez que ambos são de natureza diferente, sendo um maior que o outro.

    "Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (João 17:3, na Bíblia). Deus nunca foi referido por Jesus no plural, a quem se dirigia como
Pai.

    "Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês.” (João 20:17, na Bíblia) Jesus não era Deus, porque ele tinha seu próprio Deus a quem ele chamava de "Pai".

    "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito..." (João 3:16, na Bíblia). Se Jesus fosse uma parte da Trindade, quando todos os três são co-eternos, sem princípio nem fim, e co-iguais, como ele poderia ser o filho e, ao mesmo tempo ter a mesma idade que seu pai? (Ver Mateus 1:18;. Lucas 1:26 e 1 João 4:9, todos na Bíblia)

     "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus." (1 Timóteo 2:5, na Bíblia): A declaração é autoexplicativa que Deus e Jesus são distintos um do outro.

    "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer." (Apocalipse. 1:1, na Bíblia). O Deus verdadeiro é Onisciente, portanto, isso dissipa a
teoria da Trindade.



Footnotes:
44 Victor Paul Wierwille: "Jesus Christ is not God", American Christian Press, The Way International, (1975) New Knoxville, Ohio, p. 5
45 John Hick: "The Myth of God Incarnate", SCM PRESS LTD., 58 Bloomsbury Street, London WC1, Sixth impression 1981, under the title: "A Cloud of Witnesses", by Francis Young, p. 26. (Tradução livre)
46 John Hick: "The Myth of God Incarnate", SCM PRESS LTD., 58 Bloomsbury Street, London WC1, Sixth impression 1981, p.6, under the title: "Christianity Without Incarnation", by Maurice Wiles. (Tradução livre)
47 Ibid, 3rd par, p. 1. (Tradução livre)
48 Cf. Berson, The Creative Evolution, Modern Library. (Tradução livre)
49 At-Taghabun, 64:2, no Alcorão

sexta-feira, 24 de junho de 2016

EVIDÊNCIA BIBLICA SOBRE A DOUTRINA DA TRINDADE



    Os trinitários, em suporte a Trindade, citam apenas alguns versículos da Bíblia cujas interpretações são muito estranhas: ou muito longe do contexto, ou do texto original. A Bíblia em geral ensina o Monoteísmo (a Unicidade de Deus) do primeiro livro (Gênesis) ao último (Apocalipse).

    Os seguintes versículos são alguns dos citados como prova para a presença da doutrina da Trindade:

A primeira evidência é apresentada no versículo encontrado em I João 5:7 na Bíblia, que está na versão King James (KJ) da Bíblia, autorizada em 1611: "Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo." Este versículo tem sido expurgado da maioria das edições revisadas da Bíblia uma vez que se verificou não ser parte do manuscrito original, mas uma adição posterior. 39

A segunda evidência está em Mateus 28:19: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."

A terceira evidência está em 2 Coríntios 13:13-14: " Todos os santos vos saúdam. A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós."

A quarta evidência está em 1 Coríntios 12:4-6: " Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos."

    Em relação à segunda, terceira e quarta evidências, a mera menção de nomes (designações), não constitui Trindade, mais do que os enumera. Eles, na verdade, são três seres separados com diferentes status e circunstâncias. Os três nunca foram iguais em relação ao tempo, ou posição, ou conhecimento ou poder como a doutrina da Trindade define. Além disso, quando Jesus foi batizado, de acordo com Mateus 3:16, na Bíblia, o Espírito de Deus desceu sobre ele na forma de uma pomba. Assim sendo, como poderia Jesus ser reivindicado como parte da Trindade, quando ele sempre esteve com o espírito santo?

Alguns dos versículos da Bíblia dados como prova elevando Jesus Cristo como Deus para a posterior formação da doutrina da Trindade:

    Primeiro exemplo: "Façamos o homem à nossa imagem..." (Gênesis 1:26, na Bíblia). 
Alguns teólogos cristãos deduzem que Deus não era um e único no momento da criação. No entanto, Deus fala de Si mesmo na primeira pessoa do plural e isso pode ser explicado como um plural intensivo, que demonstra a grandeza, a majestade e a glória de Deus. Estudiosos cristãos explicam isso como denotando a
plenitude da força divina, ou o poder ilimitado manifestado em Deus, ou a onificência de Deus na sua totalidade. Alguns chamam isso de Plural de Respeito e, gramaticalmente, isto é referido como um Plural de Majestade. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, Deus sozinho, sem ajudante, efetuou a criação (por exemplo, capítulo 1, versículo 3, na Bíblia): "Disse Deus: ‘Haja luz’, e houve luz.". No versículo 27 do mesmo capítulo, ele diz: "Criou Deus o homem à sua imagem..." Os versículos acima não indicam de forma alguma qualquer auxiliar ou companheiro de Deus. E, o verbo que descreve o que Deus disse e fez está no singular (por exemplo, Deus viu que a luz era boa, Deus fez o firmamento, Deus criou o homem, Deus os abençoou, Deus terminou a sua obra, etc.)

    No início do livro de Gênesis, lemos: "No princípio criou Deus os céus e a terra." Observe que, enquanto “os céus” está no plural, “Deus” e “terra” estão no singular. Por que “os céus” está no plural? A razão é simples: O Alcorão nos diz que o céu é composto de sete firmamentos. E, por que os escritores da Bíblia mantêm as palavras Deus e terra no singular? Porque eles sabem com certeza que a Terra é uma só e Deus é um só, como ensinado por todos os profetas de Deus.

    Segundo exemplo: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1, na Bíblia). Note que não era Jesus falando, mas João. Além disso, Todos os estudiosos cristãos da Bíblia aceitam que este versículo em particular foi formulado por um judeu, chamado Philo de Alexandria, no Egito antes do advento de Jesus e João Batista, que a paz esteja com eles.



    Além disso, muitos tradutores de “João 1:1” do Manuscrito Grego para Inglês escrevem a primeira ocorrência de Deus que “D” maiúsculo referindo-se ao Deus Todo-Poderoso, mas na segunda ocorrência de Deus, eles escrevem com “d” minúsculo. Normalmente “d” minúsculo é utilizado para as criaturas de Deus e não para o Todo-Poderoso, como nos Salmos 82:6-7: “Eu disse: ‘Vocês são deuses, todos vocês são filhos do Altíssimo. Mas vocês morrerão como simples homens; cairão como qualquer outro governante." E em 2 Coríntios 4:4: "O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes..." Uma vez que esta palavra (segunda ocorrência), é com “d", não poderia ser o Deus Todo-Poderoso, mas é apenas um "deus" como os exemplos acima.

    Por isso, os tradutores modernos da Bíblia apresentam o significado de João 1:1 nos seguintes exemplos:
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era um deus." 40

"No princípio o Verbo era, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era um deus." 41

    Por outro lado, alguns estudiosos cristãos traduziram o "Verbo" como sendo o "Comando Divino"; assim, eles alegam que a fraseologia correta de João 1:1-3, deveria ser: "No princípio era o Comando, e o Comando estava com o Deus, e o Comando era Divino. Isto (o comando) estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por este (comando). E sem isto nada do que existe teria sido feito." O termo grego usado por João é Logos, derivados de lego - que significa "falar". O significado do termo "Decálogo" (significando os Dez Mandamentos) é uma combinação das palavras gregas deka (dez) e logos (Comandos). O termo logos significa, "O comando falado de Deus”. 42

    A palavra “com” cria um dilema enigmático para os que preferem traduzir a palavra Logos como “Jesus” em vez de “comando”. A razão é muito clara: Como Jesus poderia estar com Deus e também ser Deus?

    O conceito de o “Comando falado de Deus” estar "com o Deus” desde o começo coincide com o conceito bíblico da Criação. “Disse Deus: ‘Haja luz’, e houve luz." (Gênesis 1:3, na Bíblia). No texto grego, João usou o artigo definido “o" (ho) antes de “Deus” (Theo), por se tratar do sujeito. Aqui, João não usou o artigo definitivo antes de Deus, por se tratar do predicado. Em outras palavras, o termo usado aqui denota a natureza, qualidade, atributo ou propriedade do sujeito. Neste caso, a natureza do Comando de Deus é Divina. Em algumas versões bíblicas, a palavra "Isto" é substituída por "Este (um)" ou "Ele (Jesus)". No entanto, a palavra "Isto" refere-se ao “Comando falado".

    Além disso, é óbvio que em João 1:1 era somente Deus que existia para a eternidade. Suas palavras são sempre com Ele, da mesma forma que suas palavras estão com você, e as minhas palavras estão comigo. A Palavra que Deus pronuncia não é outro Deus ou o próprio Deus, mas uma Palavra Divina (Comando) Dele. Caso contrário, toda a criação se torna um Deus separado uma vez que cada criação representa a Sua Palavra. O mesmo argumento aplica-se a Gênesis 1:3: A luz criada por Sua palavra não é Deus, mas uma criação (luz) de Sua Palavra Divina. Portanto, a frase "o Verbo era Deus" em João 1:1 é absolutamente fora de lugar.

    Em adição, se tentarmos ler outras escrituras referente à criação, perceberemos que Deus, o Criador, da mesma maneira usou suas palavras em toda a criação, como no Alcorão, por exemplo - "Quun faya quun", que significa " ’Seja’, e é.”:

“Ele é o Originador dos céus e da terra e, quando decreta algo, basta-Lhe dizer: "Seja!"e ele é.” 43

    Terceiro exemplo: "Eu e o Pai somos um." (João 10:30, na Bíblia). Os cristãos entenderam que este versículo quis dizer que o Pai (Deus) e Jesus são um e mesmo ser; unidos em um só corpo; Deus se fez carne na pessoa de Jesus e viveu entre os homens. O mesmo significado é dado em João 14:10 quando Jesus diz: “...que eu estou no Pai e que o Pai está em mim..." E também em João 14:20, onde Jesus diz: “...eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós." No entanto, eles interpretaram mal o significado no versículo 28 do mesmo capítulo, quando Jesus declara: "Se me amásseis, alegrarvos- íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. " Se o que Jesus disse é verdade, que o Pai é maior do que ele, então, que este assunto descanse em paz, por que eles não são co-iguais.

    Além disso, os trinitarianos não percebem que, seguindo seus argumentos, o resultado seria um total de 15 corpos em um só corpo. É uma "aritmética simples" que uma criança de escola primária concluiria: O Pai é Deus, o Filho (Jesus) é Deus e o Espírito Santo é Deus - (por exemplo, a Trindade), composta de três (3) seres (pessoas) unidos em um só Deus. Adicione a isso os doze (12) discípulos da mesma maneira como é entendido pelos cristãos (João 14:20) e o resultado será um total de quinze (15) seres misturados e unidos em um só corpo.

    Os versículos em João 17:21-23 nos dariam um significado mais claro sobre a natureza deles serem um: "a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade..." Os versículos acima sugerem não outro significado, mas o de "unidade de propósito" como verdadeiros crentes.

E ademais, em João 10:31-36, ele não declara ser "Deus" ou " Deus, o filho" [como estando unido ao Pai (Deus)], mas apenas um ser separado.

    Se, por outro lado, os Trinitarianos insistirem que João 10:30 apóia a doutrina da Trindade, então, eles não devem limitar o número de seu Deus para apenas três (3), mas devem acrescentar os 12 discípulos (em João 14:10 e 20 na Bíblia), como eles compreenderam o significado como sendo "cada um infundido em um só corpo." Portanto, o dilema torna-se maior e a massa emaranhada (a Trindade) ainda mais problemática.

    Quarto exemplo: "... Quem me vê, vê o Pai." (João 14:9, na Bíblia). Mas, não disse Jesus claramente que "as pessoas nunca viram Deus", quando em João 5:37 ele diz: "O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.". Aqui, Jesus diz que ele não é Deus, porque ele estava falando e vendo. E em Mateus 7:21, Jesus diz: "...meu Pai que está nos céus." enquanto ele, naquele momento, estava na frente deles. Todas essas declarações de Jesus têm apenas um significado, ou seja, Deus e Jesus não são os mesmos. Como poderia o Pai (Deus) e Jesus ser o mesmo e unidos em corpo (conforme interpretado pelos cristãos) quando o Pai está no céu e Jesus está na terra?

    Quem acreditar em Deus deveria admirar a Sua criação, que são inúmeras: o sol, a lua, as estrelas e tudo que nos cerca. Em João 4:24, Jesus afirma: "Deus é Espírito". Então, como alguém poderia ver Deus? E em João 1:18, lemos: "Ninguém jamais viu a Deus."

    Além disso, Jesus fez uma clara distinção entre Deus e si mesmo nos seguintes versículos no Evangelho de João 14:1: "Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim." A palavra" também "é crucial pois ela mostra que Deus é um Ser completamente separado de Jesus . E em João 17:3: "Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste."

     Quinto exemplo: João 20:28, na Bíblia: "Senhor meu e Deus meu!” No entanto, esta passagem não tem qualquer importância porque os versos citados acima o anulam. Estudiosos são da opinião de que, sob circunstâncias miraculosas, a observação do apóstolo Tomé poderia ter sido feita como uma exclamação emocional, por causa do espanto diante de Jesus , enquanto na realidade, a exclamação foi dirigida a Deus. Além disso, Tomé não considerou Jesus como Deus, pois ele sabia muito bem que Jesus nunca afirmara ser Deus (João 17:3, A Bíblia).

      Na verdade, São Paulo faz outra distinção clara entre Deus e Jesus . Ele afirmou que Deus ressuscitou a Jesus como relatado na Bíblia, tanto em 1 Cor 15:15-20, quanto em Marcos 16:19: "Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado aos céus e assentou-se à direita de Deus." Se, de fato, Deus e Jesus são um e o mesmo ser, não seria mais adequado dizer: "Jesus ressuscitou a si mesmo”, e quando Jesus foi relatado como tendo sentado à direita de Deus, não seria mais adequado dizer "e Jesus assentou-se ao Trono "? A dura verdade é - ninguém tem o direito ao Trono Exaltado exceto Deus, Que é digno de adoração, tal como alegado por Jesus , e não ele. (João 17:3, na Bíblia).

     Em outro versículo São Paulo explica quem é Deus (Atos 17:24, na Bíblia): "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos céus e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas."


    A diferença entre Deus e o homem, o Criador e a criatura, o Infinito e o finito está além da percepção humana? Não, mas só os desatentos, os hipócritas e os rebeldes desejam não entender.


DECLARAÇÕES ADICIONAIS ELEVANDO JESUS A DIVINDADE


     Os cristãos alegam que Jesus é Deus encarnado, sendo completamente Deus e completamente homem. Este conceito é totalmente negado por Jesus com suas palavras em João 20:17, na Bíblia: "Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês.” Sendo assim, de onde surgiu a questão da
Encarnação? Está dito em palavras simples que o Deus é distinto e separado de Jesus . Por isso, a doutrina da ENCARNAÇÃO se torna nula e sem efeito. Além disso, ser completamente Deus significa estar livre de desejos e necessidades, e ser humano significa ser desprovido de divindade.

    Outros cristãos afirmam que Jesus é Deus, porque ele também é chamado de "Filho de Deus", "Messias", "Filho do Homem" e "Salvador". No entanto, Jesus falou sobre "os pacificadores" como
"Filhos de Deus". Na tradição judaica, qualquer pessoa que segue a Vontade de Deus é chamada de "Filho de Deus.". Veja os exemplos citados na Bíblia: Gênesis 6:2,4; Êxodo 4:22; Jeremias 31:9; Salmos 2:7; Lucas 3:38; Romanos 8:14. Em Lucas 6:35, Jesus diz: " Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo." Sendo o Filho de Deus, não o eleva à categoria de Deus. Da mesma forma que ser o filho de um presidente não faz de uma pessoa presidente, mas apenas o filho.

    Além disso, é citado na Bíblia que "Messias" em hebraico significa "ungido de Deus" e não "Cristo", e "Ciro", o persa, é chamado de "Messias" ou "o ungido" (Ver Gênesis 31:13; Levítico 8:10; Samuel 2:10; Isaías 45:1; Ezequiel 28:14). Ezequiel foi abordado na Bíblia como o "Filho do Homem". Como "Salvador", em II Reis 13:5, outros indivíduos também receberam esse título sem serem deuses. O termo "ungido de Deus" significa dar autoridade espiritual a um homem nobre para divulgar a palavra de Deus. Então, como é que este termo qualifica e eleva a pessoa para a posição de Deus?

Outra pergunta bilionária: "O que é o cristianismo sem a doutrina da Trindade?"



Footnotes:
39 Nota do Tradutor: Em português, a versão João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada apresenta este versículo. A Nova Versão Internacional, não.
40 Nota do Tradutor: Esta tradução foi feita a partir do texto apresentado pelo autor do original em “The New Testament – A New Translation and Explanation Based on the Oldest Manuscripts (a translation from German Into English; 1937), by Johannes Greber”. Esta tradução como tal não aparece nas versões traduzidas para o português.
41 Nota do Tradutor: Esta tradução foi feita a partir do texto apresentado pelo autor do original em “New World Translation (New York; 1961)”. Esta tradução como tal não aparece nas versões traduzidas para o português.
42 A.M. TRUST, POST BOX 81075, BURNABY, B.C. V5H 4K2 Ph. 298-8803.
43 Al-Baqarah, 2:117, no Alcorao.